sábado, 21 de abril de 2012

Preposição




Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Junto com as posposições e as raríssimas circumposições, as preposições formam o grupo das adposições.

Exemplo: "Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles comovidos", teremos como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: "do" liga "alunos" a "colégio", "ao" liga "assistiram" a "filme", "de" liga "filme" a "Walter Salles". Portanto são preposições. O termo que antecede a preposição é denominado regente e o termo que a sucede, regido. Portanto, em "Os alunos do colégio...", teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido.


Essenciais

Aquelas que só funcionam como preposição, são elas: à (ou "ao" antes de palavra masculina) - a - ante - até - após - com - contra - de - desde - em - entre - para - per - perante - por - sem - sob - sobre - trás.
Acidentais

Aquelas que passaram a ser preposições, mas são provenientes de outras classes gramaticais, como:
afora,
menos,
salvo,
conforme,
exceto,
como,
que...

Exemplos:
Agimos conforme a atitude deles.
Conversamos muito durante a viagem.
Obtiveram como resposta um bilhete.
Ele terá que fazer o trabalho.
Conversamos pouco durante a viagem .

Contração

Junção de algumas preposições com outras palavras, quando a preposição sofre redução.

Ex. do (de + o); neste (em + este); à (a + a); duma (de + uma)

Observação: Não se deve contrair a preposição "de" com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome "ele(s)", "ela(s)", quando estes funcionarem como sujeito de um verbo. Por exemplo, a frase "Isso não depende do professor querer" está errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer" ou "Isso não depende de ele querer".


O valor semântico das preposições
Ao falar em Semântica, torna-se necessário entender o seu real significado. Ela relaciona o significado estabelecido pelas palavras dentro de um contexto linguístico.

Para melhor entender, analise estas orações:

Adoro doce de leite.
Aquela menina é um doce de pessoa.

Percebemos que na segunda oração, a palavra doce não é entendida no seu sentido literal, como na primeira. O adjetivo tem o sentido de uma pessoa meiga, amável, carismática.

Especificamente falando sobre as preposições, é importante saber que elas fazem parte das dez classes gramaticais e que possuem a função de ligar termos dentro de uma oração.

Elas também estabelecem relações semânticas entre o termo regente (aquele que pede a preposição) e o termo regido (aquele que completa seu sentido). Por isso, veja uma relação em que há esta ocorrência:

Peguei o livro do professor com o compromisso de devolvê-lo amanhã - Valor semântico de posse.

As esculturas de cerâmica fizeram o maior sucesso durante a exposição - Matéria

Estudar com os amigos é muito mais proveitoso - Companhia

O conhecimento é a chave para o sucesso - Finalidade

Fiz o trabalho conforme você sugeriu - Conformidade

Falamos sobre Machado de Assis durante a apresentação do seminário - Assunto

O garoto se feriu com a faca - Instrumento

Aguardávamos com ansiedade o resultado do concurso - Modo

O cachorro morreu de uma epidemia desconhecida - Causa

A plateia protestou contra o alto preço da mensalidade - Oposição

O orientador estipulou um prazo de vinte dias para a entrega da tese de dissertação - Tempo

Conheci uns amigos de Fortaleza - Origem

Interjeição e Figuras Fonéticas



As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abrangente: sensações e estados de espírito; ou até mesmo servem como auxiliadoras expressivas para o interlocutor, já que, lhe permitem a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.

As interjeições podem ser classificadas de acordo com o sentimento que traduzem. Segue alguns exemplos para cada emoção:
Alegria: oba!, eba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom!, iupi!
Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!
Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
Aprovação: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
Dor: ai! ui!
admiração: ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: oh lala)
Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
Invocação: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!, ô!
Medo: credo!, cruzes! uh!, ui!, socorro!

Outros exemplos que não representam emoções:
Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
Derivados do inglês: yes! ok!

Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:
a) afugentamento: arreda!, fora!, passa!, sai!, roda!, rua!, toca!, xô!, xô pra lá!
b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
d) admiração: puxa!
e) alívio: ufa!, arre!, também!
f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
g) apelo: alô!, olá!, ó!
h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
l) desculpa: perdão!
m) desejo: oh!, xalá head xala não importa o que aconteça tenha a força com você!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
p) dúvida: hum! Hem!
q) cessação: basta!, para!
r) invocação: alô!, ô, olá!
s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!, meu Deus!, menino Jesus!
t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
v) saudade: ah!, oh!
w) silêncio: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado), psit!
x) suspensão: alto!, alto lá!
y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
z) interrogação: hei!… desapontamento: puxa! 


A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece. Quando a interjeição é expressada com mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser! Macacos me mordam!

A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha função sintática.


Ô, turma!

. As figuras de som compõem uma modalidade específica das figuras de linguagem e têm como característica principal “brincar” com os sons produzidos pelas palavras para causar determinado efeito no leitor. São elas: Aliteração, Assonância, Eco e Onomatopeia (sem acento!)

Aliteração: é a repetição de sons consonantais iguais ou similares, como em: “Na beira da pia, tanque, bica, bacia, banheira”. Nesse trecho, deve ser percebida não há só a repetição da consoante B, mas sim de todos os sons produzidos pelo encontro dos lábios B e P.

Assonância: o mesmo processo da aliteração se repete nesta figura, mas aqui o priorizado serão as vogais. Em “a andar para sala, agora era a hora da saída”, há uma repetição constante da letra A.

Eco: quando a repetição da assonância ou da aliteração vem no final de váriaspalavras, o fenômeno se transforma em um Eco: “Não faz mal, meu doce de mel, eu farei seu o céu”.

Onomatopeia: é a tentativa de retratar na escrita os sons produzidos pelos objetos e seres. Tanto pode vir no decorrer de uma frase, escondida, do tipo “O clique dado no mouse era de noite tão alto quanto o baque de uma porta”, como pode vir de modo mais óbvio, feito interjeições “Kablam! Gritavam os raios no céu” ou “Caim caim, choramingou o anterior auau raivoso do pequenês”.


Conjunções Coordenativas e Subordinativas


Coordenativas

As conjunções coordenativas são conhecidas por:
Aditivas

Indicam uma relação de adição à frase: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como etc.

Ex.: Comi e fiquei satisfeita.Todos aqui estão contentes e despreocupados.
Adversativas

Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas,porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.

Ex: O carro bateu, mas ninguém se feriu.
Alternativas ou disjuntivas

Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou... ou, ou, ora... ora, já... já, quer... quer, etc.

Ex.: Ou ela, ou eu.
Explicativas

Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).

Ex: Ele não entra porque está sem tempo.
Conclusivas

Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por isto, assim, etc.[2][3]

Ex.: Ele bebeu bem mais do que poderia; logo, ficou embreagado.
Subordinativas

As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma oração é um membro sintático de outra, esta oração pode exercer funções diversas, correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas. Um período formado por conjunções subordinadas que não contém as tais conjunções é chamado de: oração principal.
Integrantes
que, se.

Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se.

Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se "se".Afirmo que sou inteligente.Não sei se existe ou se dói.Espero que você não demore.

Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".

Exemplos:Afirmo que sou inteligente (afirmo isto.)Não sei se existe ou se dói (não sei isto.)Espero que você não demore (espero isto.)

As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.
Causal
porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, na medida em que.

Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.Dona Luísa foi para lá pois estava doente.Como o calor estava forte, pusemo-nos a andar pelo passeio público.Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.
Comparativa
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade), etc.

Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.

Indica comparação entre dois membros.Era mais alta do que baixa.Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.O menino está tão confuso quanto o irmão.O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.
Concessiva
embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante etc.

Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.É todo graça, embora as pernas não ajudem..
Condicional
se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.

Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.Seria mais poeta,a menos que fosse político.Caso estivesse por perto, nada disso teria acontecido.
Conformativa
conforme, como, segundo, consoante etc.

Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)
Consecutiva
que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que

Iniciam uma oração na qual se indica a consequência.Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.Falou tanto na reunião que ficou roucoTamanho o labor que sentiu sedeEra tal a vitória que transbordou lágrimas de emoçãoAs palavras são todas de tal modo ou tamanho
Final
para que, a fim de que, porque [para que], que

Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade,o objetivo da oração principalAqui vai o livro para que o leia.Fiz-lhe sinal que se calasse.Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.
Proporcional
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)

Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.O preço do leite aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.
Temporal
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.

Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempoCustas a vir e, quando vens, não demora.Implicou comigo assim que me viu;
Observações gerais

Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em negrito:"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado.""Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal.""Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal.""Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa.""João subiu e desceu a escada."Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.

Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".

Veja os exemplos:Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és.

As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.

As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.

A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."

O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "O que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:Não sei se morre de amor (o que não sei? Se morre de amor.)

O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;
causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".
Referências

"Conjunção", Gramática, BR: Algo Sobre.
Paschoalin; Spadoto, Gramática — Teoria e Exercícios.
Evanildo, Gramática Escolar da Língua Portuguesa, Bechara

Conjunções Subordinativas


Subordinativas

As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma oração é um membro sintático de outra, esta oração pode exercer funções diversas, correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas. Um período formado por conjunções subordinadas que não contém as tais conjunções é chamado de: oração principal.
Integrantes
que, se.

Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se.

Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se "se".Afirmo que sou inteligente.Não sei se existe ou se dói.Espero que você não demore.

Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".

Exemplos:Afirmo que sou inteligente (afirmo isto.)Não sei se existe ou se dói (não sei isto.)Espero que você não demore (espero isto.)

As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.
Causal
porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, na medida em que.

Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.Dona Luísa foi para lá pois estava doente.Como o calor estava forte, pusemo-nos a andar pelo passeio público.Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.
Comparativa
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade), etc.

Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.

Indica comparação entre dois membros.Era mais alta do que baixa.Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.O menino está tão confuso quanto o irmão.O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.
Concessiva
embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante etc.

Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.É todo graça, embora as pernas não ajudem..
Condicional
se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.

Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.Seria mais poeta,a menos que fosse político.Caso estivesse por perto, nada disso teria acontecido.
Conformativa
conforme, como, segundo, consoante etc.

Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)
Consecutiva
que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que

Iniciam uma oração na qual se indica a consequência.Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.Falou tanto na reunião que ficou roucoTamanho o labor que sentiu sedeEra tal a vitória que transbordou lágrimas de emoçãoAs palavras são todas de tal modo ou tamanho
Final
para que, a fim de que, porque [para que], que

Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade,o objetivo da oração principalAqui vai o livro para que o leia.Fiz-lhe sinal que se calasse.Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.
Proporcional
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)

Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.O preço do leite aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.
Temporal
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.

Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempoCustas a vir e, quando vens, não demora.Implicou comigo assim que me viu;
Observações gerais

Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em negrito:"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado.""Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal.""Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal.""Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa.""João subiu e desceu a escada."Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.

Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".

Veja os exemplos:Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és.

As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.

As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.

A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."

O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "O que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:Não sei se morre de amor (o que não sei? Se morre de amor.)

O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;
causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sujeito e Predicado (Classificação)



Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.

Exemplo:



A pequena criança

me contou a novidade com alegria no olhar.


Sujeito

Predicado





Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.


Tipos de sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.

- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular.

Exemplo: Precisa-se de balconista.

* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado.

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.

* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:

Exemplos: Discutiu-se o fato.

Discordou-se do fato.

Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como:

• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;

• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.

Se – Partícula apassivadora

Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)

• Pronome se;

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;

• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).

Exemplo:
Contou-se a história.
verbo na 3ª pessoa + pronome + substantivo sem preposição.

Transformação:
Foi contada a história.
voz passiva analítica (com o verbo ser)

Se – Índice de indeterminação do sujeito

Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:

• Verbo na terceira pessoa do singular;

• Pronome se;

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.

Exemplo:

Falou-se da história.
verbo na 3ª pessoa do singular + pronome + substantivo com preposição
Transformação na voz passiva analítica – não é possível.


• Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

Exemplo: Houve poucas reclamações.

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que te perdi.

- ser: na indicação de tempo e distância.

Exemplo: É dia.

- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.

Veja também: Tipos de Predicado

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola




Classificação do Predicado

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemplo abaixo:
Os animais necessitam de cuidados especiais
Sujeito Predicado



O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se refere ao sujeito:necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo (necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo significativo do predicado. Já em:
A natureza é bela
Sujeito Predicado



No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da oração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palvra a ele relacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo:
O dia amanheceu ensolarado
Sujeito Predicado



Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente relacionadas ao sujeito:amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e ensolarado.

Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de predicado:verbal, nominal e verbo-nominal.

Predicado Verbal

Apresenta as seguintes características:

a) Tem um verbo como núcleo;

b) Não possui predicativo do sujeito;

c) Indica ação.

Por exemplo:

Eles revelaram toda a verdade para a filha.

Predicado Verbal

Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é, que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:

O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)

Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove)

Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal = Ocorreu)

A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida)

Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o verbo demolir de ser o núcleo do predicado.

Predicado Nominal

Apresenta as seguintes características:

a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;

b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;

c) Indica estado ou qualidade.

Por Exemplo:Leonardo é competente.

Predicado Nominal
    No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram como esses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo que o ligam ao predicativo.Veja:

Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação)

A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação)

O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de ligação)

Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de ligação)

Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo de ligação)


Predicativo do Sujeito

É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por:

a) Adjetivo ou locução adjetiva:

Por Exemplo:O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo)
Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)

b) Substantivo ou palavra substantivada:

Por Exemplo:Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo)
Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado)

c) Pronome Substantivo:

Por Exemplo:Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo)

d) Numeral:

Por Exemplo:Nós somos dez ao todo. (dez = numeral)

Predicado Verbo-Nominal

Apresenta as seguintes características:

a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;

b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;

c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.

Por Exemplo:
Os alunos saíram da aula alegres.
Predicado Verbo-Nominal


O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja:

Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.


Estrutura do Predicado Verbo-Nominal

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:


1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito


Por Exemplo:
Joana partiu contente.
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito


2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto


Por Exemplo:
A despedida deixou a mãe aflita.
Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do Objeto





3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo:
Os alunos cantaram emocionados aquela canção.
Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto

Saiba que:

Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja:

Voz Ativa:
As mulheres julgam os homens insensíveis.
Sujeito Verbo Significativo Objeto Direto Predicativo do Objeto


Voz Passiva:
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres.
Verbo Significativo Predicativo do Objeto


O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.




Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.

Por Exemplo:Todos o chamam de irresponsável.
Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)