quinta-feira, 26 de abril de 2007

Atendendo a pedidos, as variedades lingüisticas!!!! Bjux Carlos Henrique

Um pouco sobre variedades lingüísticas pra 6ª Série!!! Pra vc em especial Carlos Henrique!!! Estudem meninos!!!!!
bjoks a todos!!!!

LÍNGUA PADRÃO

Linguagem e sociedade


Linguagem e sociedade estão ligadas entre si de modo inquestionável. Mais do que isso, podemos afirmar que essa relação é a base da constituição do ser humano. A história da humanidade é a história de seus organizadores em sociedade e detentores de um sistema de comunicação oral, ou seja, de uma língua.

Qualquer língua, falada por qualquer comunidade, exibe sempre variação. Pode-se afirmar mesmo que nenhuma língua se apresenta como entidade homogênea. Isso significa dizer que qualquer língua é representada por um conjunto de variedades. Concretamente o que chamamos de “língua portuguesa” engloba os diferentes modos de falar utilizados pelo conjunto de seus falares do Brasil, em Portugal, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor etc.

Língua e variação são inseparáveis. A diversidade da língua não deve ser encarada como um problema, mas como uma qualidade constitutiva do fenômeno lingüístico. Os falantes adquirem as variedades lingüísticas próprias da sua região, de sua classe social etc. De uma perspectiva geral, podemos descrever as variedades lingüísticas a partir de dois parâmetros básicos: a variação geográfica e variação social.

A variação geográfica está relacionada às diferenças lingüísticas no espaço físico, observáveis entre falantes de origens geográficas distintas. Exemplos: o uso de vogais abertas [mE’ladu] (no Nordeste) e uso de vogais fechadas [me’ladu] (no Sudeste); preferência pela posposição verbal na negação, como em “sei não” (no Nordeste) e “não sei” ou “não sei, não” (no Sudeste); uso do artigo definido antes de nomes próprios , como em “falei com a Joana” (Sudeste) e “falei com Joana” (Nordeste).

Tomando-se a comunidade de fala da língua portuguesa como um todo, podemo-nos referir às variedades brasileira, portuguesa, baiana, curitibana, rural paulista (ou caipira) etc.

A variação social, por sua vez, relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Nesse sentido, podemos apontar os seguintes fatores relacionados às variações de natureza social:

a) classe social – observa-se o uso de dupla negação, como “ninguém não viu”, “eu nem não gosto”, presença de [r] em lugar de [l] em grupos consonantais, como em “brusa”, “grobo” nas falas de grupos situados abaixo na escala social.

b) idade – uso de léxico particular, como o uso de gírias que denota faixa etária jovem.

c) sexo

d) profissão

e) situação ou contexto social – qualquer pessoa muda sua fala de acordo com o(s) seu(s) interlocutor(es) segundo o lugar em que se encontra – em um bar, em uma conferência – e até mesmo segundo o tema da conversa – fofoca, assunto científico. Ou seja, todo falante varia sua fala segundo a situação em que se encontra. Cada grupo social estabelece um contínuo de situações cujos pólos extremos e opostos são representados pela formalidade e informalidade. Em nossa sociedade, conferências, entrevistas para obtenção de emprego, solicitação de uma informação a um desconhecido, contato entre vendedores e clientes são, em geral, vistos como situações formais. Já situações como passeatas, mesas redondas sobre esporte, bate-papo em bar, festas de Natal nas empresas são definidas como informais. As variedades lingüísticas utilizadas pelos participantes das situações devem corresponder às expectativas sociais convencionais: o falante que não atender às convenções pode receber algum tipo de “punição”.

Aprendemos a falar na convivência. Mas, mais do que isso, aprendemos que devemos falar de um certo modo e quando devemos falar de outro. Os indivíduos que integram uma comunidade precisam saber quando devem mudar de uma variedade para outra.

Os parâmetros da variação lingüística são diversos, como se pode inferir da exposição feita até aqui. Assim no ato de interagir verbalmente, um falante utilizará a variedade lingüística relativa a sua região de origem, classe social, idade, escolaridade, sexo, profissão etc. e segundo a situação em que se encontrar.

As variedades lingüísticas e a estrutura social

Como já foi dito, em qualquer comunidade de fala, podemos observar a coexistência de um conjunto de variedades lingüísticas. Essa coexistência, entretanto, não se dá no vácuo, mas no contexto das relações sociais estabelecidas pela estrutura sociopolítica de cada comunidade. Na realidade objetiva da vida social, há sempre uma ordenação valorativa das variedades lingüísticas em uso, que reflete a hierarquia dos grupos sociais. Isto é, em todas as comunidades existem variedades que são consideradas superiores e outras inferiores. “Uma variedade lingüística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais” (Gnerre). Constata-se, de modo evidente, a existência de variedades prestigiadas e de variedades não prestigiadas nas sociedades em geral. As sociedades de tradição ocidental oferecem um caso particular de variedade prestigiada: a variedade padrão. A variedade padrão é a variedade lingüística socialmente mais valorizada de reconhecido prestígio dentro de uma comunidade, cujo uso é normalmente requerido em situações de interação determinadas, definidas pela comunidade como próprias em função da formalidade da situação, do assunto tratado, da relação entre os interlocutores etc. A questão da língua padrão tem uma enorme importância em sociedades como nossa.

A variedade padrão de uma comunidade – também chamada norma culta, ou língua culta – não é como um senso comum faz crer a língua por excelência a língua original, posta em circulação, da qual os falantes se apropriam como podem ou são capazes. O que chamamos de variedade padrão é o resultado de uma atitude social ante a língua, que se traduz, de um lado, pela seleção de um dos modos de falar entre variedades existentes na comunidade, de outro, pelo estabelecimento de um conjunto de normas que definem o modo “correto” de falar. Tradicionalmente, o melhor modo de falar e as regras do bom uso correspondem aos hábitos lingüísticos dos grupos socialmente dominantes. Em nossas sociedades de tradição ocidental, a variedade padrão, historicamente coincide com a variedade falada pelas classes sociais altas, de determinadas regiões geográficas.

A avaliação social das variedades lingüísticas é um fato observável em qualquer comunidade da fala. Freqüentemente, ouvimos falar em línguas “simples”, “inferiores”, “primitivas”. Para a Lingüística – ciência da linguagem – esse tipo de afirmação carece de qualquer fundamento científico. Toda língua é adequada à comunidade que utiliza, é um sistema completo que permite a um povo exprimir o mundo físico e simbólico em que vive. Assim como não existem línguas “inferiores”, não existem variedades lingüísticas “inferiores”. As línguas não são homogêneas e a variação observável em todas elas é produto de sua história e do seu presente. Em que se baseiam, então, as avaliações sociais? Podemos afirmar que os julgamentos sociais ante a língua – ou melhor, as atitudes sociais – se baseiam em critérios não lingüísticos: são julgamentos de natureza política e social. Não casual, portanto, que se julgue “feia” a variedade dos falantes de origem rural, de classe social baixa, com pouca escolaridade, de regiões culturalmente desvalorizadas. Consideramos, por exemplo, o r caipira “desagradável”, mas usamos esse mesmo som para falar “car” (carro) em inglês sem achar “feio”. Em resumo, julgamos não a fala, mas o falante, e o fazemos em função de sua inserção na estrutura social.

A Língua Padrão muda no tempo

Este é um fato elementar para quem quer entender as línguas: todas as línguas mudam ao longo do tempo. As formas lingüísticas consideradas pa­drões, principalmente na escrita, são mais resistentes à mudança - porque vivem sob controle severo! - mas também mudam. Vejamos algumas conseqüências que decorrem da mudança.

Uma delas é a relativa imprecisão de suas características. Um exemplo bastante visível é o caso da regência de alguns verbos. Há uma tendência mui­to forte na linguagem oral do português brasileiro de tornar transitivos dire­tos alguns verbos que tradicionalmente eram transitivos indiretos (Assisti um filme, por exemplo, em vez de Assisti a um filme). Nesses casos, a tendência já está passando à escrita, e talvez seja muito mais freqüente o emprego "errado" que o emprego "certo", mesmo em textos de boa qualidade, escritos por bons escritores ou jornalistas. Uma evidência dessa mudança na língua padrão é o fato de que estes verbos tornados transitivos diretos passaram a ocorrer com freqüência na escrita padrão na forma passiva, impossível sintaticamente com verbos transitivos indiretos (O jogo Brasil x Argentina foi assistido por milhões de telespectadores dos dois países; ou A Constituição nem sempre tem sido obedecida pelas autoridades federais).

Quando o uso chega a esse ponto, pode-se dizer que a mudança de padrão começa a se consolidar. Outro caso visível é a colocação dos pronomes no português brasileiro, que insiste sistematicamente em recusar algumas normas das gramáticas escolares. Na fala, o padrão de Portugal (que determinou na origem o do Brasil) desapareceu quase que por completo. Na escrita mantém-se mais visivelmente apenas a regra de não se começar período com pronome átono, mas mesmo esta é rompida em textos mais informais e nos textos literários.

Em outros casos, a resistência é muito mais forte. Veja-se, por exemplo, o fenômeno da concordância nos casos em que o sujeito aparece de­pois do verbo, do tipo foram inauguradas as usinas. Na língua oral - e isso mesmo nas faixas mais escolarizadas da população - há uma tendência sis­temática a não fazer a concordância (Foi inaugurado as usinas). Mas aqui a transformação não chegou ao padrão escrito de prestígio, embora seja fre­qüentíssima em textos escolares, o que costuma ser sintoma de que a mu­dança está avançando significativamente.

Outro aspecto que decorre da mudança da língua ao longo do tempo é a convivência (nem sempre pacífica!) entre formas arcaicas e formas con­temporâneas, isto é, as mudanças nunca acontecem subitamente. Pouco a pouco, as "novidades" (ou os "erros", dependendo do ponto de vista...) vão se popularizando e disseminando até o momento em que ninguém mais consegue perceber a nova forma como erro - exceto, é claro, os gramáticos, que por mais que reclamem e vociferem não conseguem “segurar” a mudança. Faça um teste: tente convencer pessoas comuns que o certo é dizer Se eu vir fulano, eu o aviso, e não Se eu ver fulano, eu aviso ele. Falar nisso: o padrão é Convencer pessoas que o certo é... ou Convencer pessoas de que o certo é...?

ATIVIDADES

1. O texto “FMI vem aí, viva o FMI”, do articulista Luís Nassif, publicado na revista Ícaro, está redigido no português culto, característico do jornalismo, e contém, inclusive, um bom número de expressões típicas da linguagem dos economistas, como “desequilíbrio conjuntural”, “royalties”, “produtos primários”, “política cambial”. No entanto, contém também termos ou expressões informais, como na seguinte frase: “Há um ou outro caso de mudanças estruturais no mundo que deixa os países com a broxa na mão”.

Leia o trecho abaixo, que é parte do mesmo artigo, e responda às questões:

Países já chegam ao FMI com todos esses impasses, denotando a incapacidade de suas elites de chegarem a fórmulas consensuais para enfrentar a crise – mesmo porque essas fórmulas implicam prejuízos aos interesses de alguns poderosos. Aí a burocracia do FMI deita e rola. Há, em geral, economistas especializados em determinadas regiões do globo. Mas, na maioria das vezes, as fórmulas aplicadas aos países são homogêneas, burocráticas, de quem está por cima da carne-seca e não quer saber de limitações de ordem social ou política (...). Sem os recursos adicionais do fundo, a travessia de 1999 seria um inferno, com reservas cambiais se esvaziando e o país sendo obrigado ou a fechar sua economia ou a entrar em parafuso. O desafio maior será produzir um acordo que obrigue, sim, o governo e o congresso a acelerarem as reformas essenciais.

(Ícaro, 170, out. 1998)

a) Transcreva outras três expressões do trecho que tenham a mesma característica de informalidade.

b) Substitua as referidas expressões por outras típicas da linguagem formal.

2. Afasta-se do rigor da norma da língua escrita a colocação do pronome átono na frase:

a) Levaram-me para uma casa velha que fazia doces.

b) Alargaram-se as lavouras.

c) O velho recolhera-se ao quarto.

d) A mentira apresentava-se-nos como a geradora de todos os crimes.

e) "Solto na frente a estátua número três

Se ouvem os clarins das vitrolas." (M.M.)

3. No trecho abaixo, a colocação dos pronomes oblíquos átonos está de acordo com a norma culta? Explique.

Não se imagine que os círculos se constituam na base da boa vontade amadorística. Eles se estruturam em regras e critérios dos quais dependem sua eficácia e durabilidade. Uma tarefa delicada é manter com os professores e diretores das escolas um relacionamento que lhes evite a pecha de invasores da seara alheia. (...) Como regra, as reuniões se dão nas próprias escolas. Os alunos que mais se destacam são convidados a integrar grupos que se reúnem em São Paulo (...) Prefere-se no entanto ir devagar, para não comprometer a qualidade. (Roberto Pompeu de Toledo)

Leia o Texto “Asa Branca” e responda às questões 4 e 5.

ASA BRANCA


Quando oiei a terra ardendo

Quá foguera de São João

Eu preguntei a Deus do céu, ai

Pur que tamanha judiação?

Qui braseiro, qui fornaia

Nem um pé de prantação

Pru farta d’água perdi meu gado

Morreu de sede meu alazão.

Inté mesmo a asa branca

Bateu asas do sertão

Entonce eu disse, adeus Rosinha

Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas léguas

Numa triste solidão

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortá pro meu sertão.

Quando o verde dos teus óio

Se espaiá na prantação

Eu te asseguro, num chore não, viu?

Que eu vortarei, viu, meu coração.

Título da Obra: ASA BRANCAAutores: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira


Com relação ao texto acima, considere a afirmação: "Existe diferença entre uso coloquial e uso vulgar da língua; no primeiro, o emissor expressa-se de modo espontâneo, descontraído. As frases, apesar de agramáticas, mantêm o padrão sintático da língua; já o uso vulgar reflete o falar de pessoas ignorantes, iletradas, cuja marca mais característica está no sistema fonético".

3. Relacione "Asa Branca" com as afirmações acima e assinale a alternativa incorreta:

a) São exemplos do uso vulgar da língua: “oiei”, “qua”, “qui fornaia”, “prantação”, “pru farta” entre outros que podem ser localizados no texto.

b) Há no texto, também, o uso culto da língua.

c) O vocabulário empregado no texto reflete o ambiente físico e social do emissor, sendo de se observar que o emissor representa toda uma coletividade.

d) Na quarta estrofe (versos 13, 14 e 15) há predomínio do uso culto da língua.

e) Não há uso coloquial da língua no texto, há tão-somente o uso culto e vulgar.

4. Trace o perfil do “eu” da música Asa Branca, mostrando, se possível, a idade, o sexo, o grau de escolaridade, a região, a classe social desse “eu”.

5. Leia a carta abaixo e comente sobre a linguagem utilizada nela:

Buritis, maio de 2003.

Seo Luiz:

Pode parecê confianssa minha lhe inscrevê aí pru Pranarto. Toma o lugá de sua Consciênssa anssim, nas cara dura.

Mai num é isso qui Voz Celença tá pensano. De jeito manera.

Antez de lhe mandá eça carta, caitituei mutcho aqui cus meus miolo.

Será que inscrevo, será qui num inscrevo?

Até a Nena eu acunsertei a mó di sabê si era descunviniente ou não.

No frigir dos ovo da pata, seo Luiz, eu num pudi me contê.

As similhanssa entre u seu disgoverno e u du meu ex-patrozim – seo Fernando, que Deus o tenha lá na Ôngui dele qui pra nóiz é lucro – tão grande qu’eu tinha qui lhi mandá essas mar-trassada de acunsseiamento.

Perário amigo: escoite u qui um home véi, falido e mar pago, tem pá lhe dizê.

Eu já fui ssistente de outro prisidente. Cunhesso um poço desse frege doido qui ocêis se metero.

Premeramente, seo Luiz, - em mia amudesta pinião – o sinhô adivia de si defenir difinitivamente.

U qui diacho eu sô?

Sô neoliberá cuma u Fernando?

Sô cumunista cuma u Preste?

Sô um lazcado cuma u Duárdhe, das Argentina?

Sô o quê, sô?

Assegundamente, o sinhô divia di formá seu ministório cum as pessoa qui se assemêia a Voz Celença.

Si o sinhô quisé sê neoliberá, num dianta disfarssá cum o Palhoça. Xama logo u Malão e u Arminho di vórta.

Agora, si u Luiz qué sê marquessista, pessedobão dus bão, o negoço é botá u Ardo Rebelo de premêro Minister.

Para sê qui nem u Duárdhe é fácil. Basta num fazê nada i pronto, nóis quebra rapidim.

O caminhu é a arto-defenissão, vãi por mim.

Outra coiza portante.

Fora u xeque qui aquela muié fogoió entrego pru Grazianu – a Geizela Bircha, num sabe? – u tár do Fome Zero num teve maise nada anssim de isporrante.

Luiz, tu corre u cério rizco de vê a vedete du teu disgoverno sê xamada puraí di Fome Zero à Isquerda1

Pega esse povo de Brasílha qui vive puchando teu saco, pega a tua caxorrinha Michella, pega esses masketêro e bota tudo despaxá lá de Guaribas, no Piauhy! Tu vai vê com esses Fome Zero endereita na ora!

E óia, me arruma uma colocassão aí na tar Granja do Torto que eu e a Nena indireitamo a tua burcite só na baze do chá de losna, viu?

Um abrasso du colega perário du campo,

Alencarino

P.S.: 240 real? Iço aí num é salário-mínimo, isso é gorgeta-máxima!

Poesia nunca é demais!!! bjux

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Reflita!!!

Mensagem especial pra vcs!!! bjuxxx a todos q por aqui passam!!!


É Preciso Esforço

É preciso esforço


Certo dia, um homem caminhava por uma estrada deserta quando começou a sentir fome. Não estava prevenido, pois não sabia que a distância que ia percorrer era longa.

Começou a prestar atenção na vegetação ao longo do caminho, na tentativa de encontrar alguma coisa para acalmar o estômago. De repente notou que havia frutos maduros e suculentos em uma árvore. Aproximou-se mas logo desanimou, pois a árvore era muito alta e os frutos inacessíveis.

Continuou andando e foi vencido pela fome e o cansaço. Sentou-se na beira do caminho e ficou ali, lamentando a sorte.

Não demorou muito e ele avistou outro viajante que vinha pelo mesmo caminho. Quando o viajante se aproximou o homem notou que ele estava comendo os frutos saborosos que não pudera alcançar e lhe perguntou:

Amigo, belo fruto você encontrou.
- É - respondeu o viajante - Eu o encontrei no caminho, a natureza é pródiga em frutos suculentos.

- Mas você tem a pele machucada - observou o homem.

- Ah, mas isso não é nada! São apenas alguns arranhões que ficaram pelo esforço que fiz ao subir na árvore e colher os frutos.

E o homem, agora com mais fome ainda, ficou sentado resmungando, de estômago vazio, enquanto o outro viajante seguiu em frente.


Nós também somos assim... Ficamos sentados lamentando o sofrimento, mas não abrimos mão da acomodação para sair em busca da solução. Esquecemos que é preciso fazer esforços, lutar, persistir.

É muito comum ouvir pessoas gritando por um lugar ao sol, mas as que verdadeiramente querem um lugar ao sol trazem algumas queimaduras, fruto da luta pelo ideal que almejam.

Outras, mais acomodadas, dizem que “Deus alimenta até mesmo os pássaros. Por que não haveria de providenciar o de que necessitam?“ Essas estão certas, em parte, pois se é verdade que Deus dá alimento aos pássaros, também é certo que Ele não o joga dentro do ninho.

O trabalho de busca pelo alimento é por conta de cada pássaro, e muitas vezes isso não é fácil. Há situações em que eles se arriscam e até saem com alguns arranhões.

Buscar é movimento, é esforço, é ação. No entanto, é preciso saber o que se busca e por qual porta desejamos entrar.

Ainda aí nossa escolha é totalmente livre. Nossa vontade é que nos conduzirá aonde queremos chegar. Sendo assim, façamos a nossa escolha e optemos por chegar lá, e chegar bem.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Estudem meninos!!!! (6ª C - Dom Bosco)

Aí está o conteúdo!!! Vejam tbm mais aí pra baixo o Conteúdo da 7ª série, ok!!! bjuxxx

Conjunção

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos de uma mesma oração.

Joaquim escorregou e machucou a cabeça.

Luana trouxe comida e refrigerante.

Eu sei que você não foi à aula hoje

Classificação das conjunções

a) Conjunções coordenativas

Ligam duas orações independentes. São elas:

» aditivas: quando estabelecem uma relação de soma entre dois termos ou duas orações. São elas: e, nem, não só... mas também.

Carlos não veio à reunião nem ligou avisando.

» adversativas: estabelecem uma relação de oposição entre as orações. São elas: mas, porém, Contudo, entretanto, não obstante, todavia.

Quero contar-lhe uma coisa mas tenho medo.

» alternativas: estabelecem uma relação de alternância entre as orações. São elas: ou, ora...ora, ou...ou, quer...quer, já...já, seja...seja.

Ora estuda, ora dorme.

» conclusivas: exprimem idéia de conclusão ou conseqüência entre as orações. São elas: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, assim, por isso, por conseguinte, então.

O homem pensa, logo existe.

» explicativas: estabelece uma idéia de explicação entre duas orações. São elas: pois (anteposto ao verbo), porque, porquanto, que.

Ele agüentou a polêmica, pois provocou bastante.

b) Conjunções subordinativas

Ligam duas orações dependentes. São elas:

» temporais: exprimem idéia de tempo. São elas: quando, enquanto, depois que, logo que, sempre que, senão quando.

Quando você me deixou, quase morri.

» condicionais: exprimem condição. São elas: se, salvo se, caso, contanto que, uma vez que, dado que, a menos que.

Se não chover amanhã, iremos ao clube.

» causais: exprimem idéia de causa. São elas: porque, porquanto, visto que, visto como.

Janaina não comprou o carro porque não teve dinheiro.

» finais: exprimem idéia de finalidade. São elas: para que, a fim de que, porque (=para que), que.

Correu muito para que não chegasse atrasado.

» comparativas: estabelecem comparação. São elas: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual (depois de tal), como, assim como, bem como, que nem.

Ela é como sua mãe, alegre.

» concessivas: exprimem concessão. São elas: embora, ainda que, posto que, por muito que.

Embora estivesse exausta, fui trabalhar.

» conformativas: exprimem idéia de conformidade. São elas: como, conforme, consoante, segundo.

Entreguei o relatório, conforme você pediu.

» consecutivas: exprimem com a segunda oração uma conseqüência ou resultado do que foi declarado na primeira. São elas: tão, tal, tanto, tamanho...que.

A dor era tão forte que não pude sair.

» proporcionais: exprimem idéia de aumento ou diminuição, de simultaneidade. São elas: quanto mais...tanto mais, quanto menos...tanto menos, quanto mais, à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto mais...menos, quanto menos...mais.

Quanto mais se vive, mais se aprende.

» integrantes: introduzem a segunda oração que completa o sentido da primeira. São elas: que, se, como.

Espero que você seja feliz.

Locuções conjuntivas são duas ou mais palavras que tem o valor de conjunção. Veja algumas:

ainda que

à medida que

por conseqüência

visto que


Preposição

Preposição é a palavra invariável que une termos de uma oração, estabelecendo entre eles variadas relações.

Marilia de Dirceu (idéia de posse)

Poema de amor (idéia de assunto)

Classificação das preposições

As preposições podem ser:

» essenciais: palavras que só funcionam como preposição. São elas:

a com em por

ante contra entre sem

após de para sob

trás desde perante sobre

» acidentais: são palavras de classes diferentes que, eventualmente, desempenham função prepositiva. São elas:

afora como conforme consoante

durante exceto fora mediante

menos salvo segundo visto

Combinação e contração da preposição

Combinação: a preposição não sofre perda de fonemas. Dá-se a combinação com:

» preposição a + artigos definidos o, os:

Fomos ao médico.

» preposição a + advérbio onde:

Aonde estamos indo?

Contração: quando a preposição sofre perda de fonemas. Dá-se a contração com as reposições:

de + artigos de + pronome pessoal

de + o(s) = do(s) de + ele(s) = dele(s)

de + a(s) = da(s) de + ela(s) = dela(s)

de + um = dum

de + uma = duma

de + uns = duns

de + umas = dumas

de + pronomes demonstrativos de + advérbios

de + este(s) = deste(s) de + aqui = daqui

de + esta(s) = desta(s) de + aí = daí

de + esse(s) = desse(s) de + ali = dalí

de + essa(s) = dessa(s)

de + aquele(s) = daquele(s)

de + aquela(s) = daquela(s)

de + isto = disto

de + isso = disso

de + aquilo = daquilo

de + o(s) = do(s)

de + a(s) = da(s)

a + artigo feminino

a + a(s) = à(s)

Locuções prepositivas

É a união de duas ou mais palavras com função de preposição. Veja os exemplos:

abaixo de junto a

antes de por cima de

a respeito de a fim de

defronte de a par de

em vez de debaixo de

por baixo de diante de

acima de por detrás de

ao lado de para com

depois de além de

apesar de por diante de

em torno de por causa de

Interjeição

Interjeição é a palavra invariável usada para exprimir emoções e sentimentos. Uma interjeição pode ser usada para expressar as mais diversas emoções, mas, relacionemos as principais interjeições e seus estados emocionais correspondentes:

» advertência: Alerta! Atenção! Calma! Cuidado! Devagar! Fogo! Olha! Sentido! Calma!

» afugentamento: Fora! Passa! Sai! Rua! Xô!

» alegria: Ah! Eh! Oh! Oba! Viva! Aleluia!

» animação: Avante! Eia! Vamos! Coragem! Força!

» aplauso: Apoiado! Bravo! Bis! Parabéns! Isso!

» chamamento: Oi! Ô! Olá! Alô! Psit!

» desejo: Que me dera! Se Deus quiser! Oxalá! Tomara!

» dor: Ah! Oh! Ai! Ui!

» espanto: Puxa! Oh! Xi! Uai! Ué!

» silêncio: Psiu! Pst! Silêncio! Quieto!

» concordância: Claro! Ótimo! Sim!

» desacordo: Ora! Barbaridade!

» pena: coitado!

» satisfação: Boa! Oba! Opa! Upa!

» saudação: Olá! Oi! Salve! Adeus!

Locução interjeitiva

São duas ou mais palavras com valor de interjeição. Veja alguns exemplos:

Meu Deus! Puxa vida!

Ora bolas! Que pena!

Ora essa! Cruz-credo!

Santo Deus! Pobre de mim!

Estudem meninos!!!! (2º U Murilo Braga)

Taí o Conteúdo que faltou!!! bjuuxxx

GRAU DO ADJETIVO

O grau do adjetivo demonstra a intensidade com que o adjetivo caracteriza substantivo. Há dois graus:

- comparativo;

- superlativo.

GRAU COMPARATIVO

Estabelece uma comparação entre dois seres de uma mesma característica que ambos possuem. Há três tipos de grau comparativo:

- comparativo de superioridade: mais + adjetivo + que (do que)

Exemplo:

João é mais inteligente que Gabriel.

Esse carro é mais caro do que rápido.

- comparativo de igualdade: tão + adjetivo + quanto (como)

Exemplos:

A sua casa é tão luxuosa quanto a minha.

O linux é tão seguro quanto o Windows.

- comparativo de inferioridade: menos + adjetivo + que

Exemplo:

Juliana é menos alta que Karla.

GRAU SUPERLATIVO

Usa-se o grau superlativo para intensificar uma característica de um ser em relação a outros seres. Subdivide-se em:

- superlativo absoluto » que pode ser sintético ou analítico;

- superlativo relativo » que pode ser de superioridade ou inferioridade.

SUPERLATIVO ABSOLUTO

Analítico: é composto por palavras que dão idéia de intensidade + adjetivo.

Exemplos:

Ele é um empresário muito competente.

O cão do vizinho é extremamente violento.

Sintético: é composto pelo adjetivo + sufixo.

Exemplos:

As duplas sertanejas são riquíssimas.

Ele é um fortíssimo candidato.


SUPERLATIVO RELATIVO

De superioridade: o mais + adjetivo + de

Exemplo:

Esse carro é o mais sofisticado do mercado.


De inferioridade: o menos + adjetivo + de

Exemplo:

Júlio é o menos interessado da classe.

Os adjetivos bom, mau, pequeno e grande possuem formas particulares para o comparativo e para o superlativo. Veja a tabela:

ADJETIVO COMPARATIVO SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO SUPERLATIVO RELATIVO
BOM MELHOR QUE ÓTIMO O MELHOR DE
MAU PIOR QUE PÉSSIMO O PIOR DE
GRANDE MAIOR QUE MÁXIMO O MAIOR DE
PEQUENO MENOR QUE MÍNIMO O MENOR DE

Estudem meninos!!!! (8ªA e 3º U Murilo Braga)

Algumas atividades pra nossa aula de 5ª!!! bjuuuu

1. Classifique as Orações Coordenadas destacadas abaixo usando a seguinte legenda: (1,0)

( 1 ) ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA

( 2 ) ORAÇAO COORDENADA SINDÉTICA

a. Veio ao parque, mas não brincou . ( )

b. Veio ao parque, mas não brincou. ( )

c. Corremos, cantamos, dançamos, nada nos preocupou. ( )

d. Sobe e desce, vira e mexe. ( )

e. Não gosto de você, logo não fale comigo. ( )

2. Classifique as Orações Coordenadas Sindéticas abaixo destacadas usando a seguinte legenda: (1,0)

(1) Aditiva

(2) Adversativa

(3) Alternativa

(4) Conclusiva

(5) Explicativa

a. ( ) Não veio à aula, pois estava doente.

b. ( ) Ora fala, ora cala.

c. ( ) Sabias que eu precisava de tua ajuda, todavia não me ajudaste.

d. ( ) Estava doente, não veio à aula, pois.

e. ( ) Não me ajuda, nem deixa me ajudarem.

3. Classifique as Orações Coordenadas em:

(1) Assindéticas

(2) Sindéticas

( ) Lembramos de você, mas não conseguimos falar com você.

( ) Não conseguimos falar com você, nem com seus pais.

( ) Falei com você ontem e você não me disse nada.

( ) Aproveite sua infância e tenha uma adolescência maravilhosa.

( ) Não gosto de você, portanto não fale comigo

4. Classifique as Orações Coordenadas Sindéticas destacadas. (1,0)

a. Ter sucesso faz bem para a vaidade, porém fracassar é uma humilhação terrível.

b. Aproveite sua infância e tenha uma adolescência maravilhosa.

c. Não vou à escola hoje, porque não estou disposto.

d. Ora fala, ora cala.

e. Não gosto de você, portanto não fale comigo.

5. Classifique os predicados da seguintes orações, usando a legenda.

(1) PREDICADO NOMINAL

(2) PREDICADO VERBAL

(3) PREDICADO VERBO-NOMINAL

( ) O Zoológico está repleto de pessoas curiosas.

( ) Os bombeiros apagaram o fogo.

( ) Os garotos jogavam vôlei entusiasmados.

( ) Os estudantes parecem satisfeitos com os professores.

( ) Ontem trovejou bastante.

6. Complete os parênteses com V ou F.

( ) A estrutura do PREDICADO NOMINAL é Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito.

( ) A estrutura do PREDICADO NOMINAL é Verbo de Ação + Predicativo do Sujeito.

( ) Quando houver predicativo do objeto o predicado será SEMPRE Verbo-nominal.

( ) Quando houver predicativo do sujeito o predicado será SEMPRE Nominal.

( ) Quando não houver Predicativo, o Predicado só pode ser Verbal.

( ) A estrutura do PREDICADO VERBO-NOMINAL é Verbo de Ação ou Verbo de Ação + Complemento Verbal.

( ) Quando houver Predicativo do Sujeito, o Predicado pode ser Nominal ou Verbo-nominal.

7. Sublinhe os verbos das orações abaixo e coloque V.A. para a voz ativa e V.P. para voz passiva.

a. ( ) “A poluição altera o balanço químico do mundo natural.”

b. ( ) “Os seres humanos produzem uma enorme variedade de poluentes…”

c. ( ) “…outros são descarregados na terra…”

d. ( ) “… alguns flutuam nos rios.”

e. ( ) O prejuízo a longo prazo é causado pelos poluentes.


terça-feira, 17 de abril de 2007

Estudem meninos, Estudem (7ª Série - CDB)

Parte do Conteúdo para a Avaliação Trimestral. Elementos conectivos. Espero que ajude! bjux

CONJUNÇÃO

Classe invariável que liga orações, às vezes, liga termos coordenados de uma oração.
Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (ligando orações)Os pais viajaram para Orlando e Paris.(ligando termos dentro de uma oração)

As conjunções podem ser:
Subordinadas Coordenadas

ATENÇÃO!
As conjunções subordinadas e coordenadas serão tratadas com mais detalhes em Sintaxe.

Locução conjuntiva
Duas ou mais palavras com valor de uma conjunção.Ex.: já que, se bem que, a fim de.
Fonte: www.portugues.com.br

CONJUNÇÃO

Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:

Coordenativas - ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos:

  • aditivas (adição) - e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda etc.
  • adversativas (adversidade, oposição) - mas, porém, todavia, contudo, antes (=pelo contrário), não obstante, apesar disso etc.
  • alternativas (alternância, exclusão, escolha) - ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer etc.
  • conclusivas (conclusão) - logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso etc.
  • explicativas (justificação) - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto etc.

PREPOSIÇÃO

Palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de subordinação (regente - regido). Antepõem-se a termos dependentes (OI, CN, adjuntos etc. e orações subordinadas).

Divide-se em:
Essenciais (maioria das vezes são preposições) - a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás

Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição) - afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem)

As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram)
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de adv (ou locução adverbial) + preposição - abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, a par de, devido a etc.

Observação
a última palavra da loc. prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a última palavra de uma loc. adverbial nunca é preposição

Emprego
combinação - preposição + outra palavra sem perda fonética (ao/aos)
contração - preposição + outra palavra com perda fonética (na/àquela)
não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Está na hora de ele falar)
a preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.)
trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de)
Pronome pessoal oblíquo X preposição X artigo
Preposição - liga dois termos, sendo invariável
Pronome oblíquo - substitui um substantivo
Artigo - antecede o substantivo, determinando-o


Relações estabelecidas pelas preposições
Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relações:

  • autoria - música de Caetano
  • lugar - cair sobre o telhado / estar sob a mesa
  • Tempo - nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias
  • modo ou conformidade - chegar aos gritos / votar em branco
  • causa - tremer de frio / preso por vadiagem
  • assunto - falar sobre política
  • fim ou finalidade - vir em socorro / vir para ficar
  • instrumento - escrever a lápis / ferir- se com a faca
  • companhia - sair com amigos
  • meio - voltar a cavalo / viajar de ônibus
  • matéria - anel de prata / pão com farinha
  • posse - carro de João
  • oposição - Flamengo contra Fluminense
  • conteúdo - copo de (com) vinho
  • preço - vender a (por) R$ 300, 00
  • origem - descender de família humilde
  • especialidade - formou-se em Medicina
  • destino ou direção - ir a Roma / olhe para frente

Fonte: www.graudez.com.br

Olha aí


O Humor da charge acima advem do uso de um elemento de retórica chamado de Trocadilho:

  • Otrocadilho resulta de uma semelhança formal entre dois enunciados, por vezes, um deles elíptico, semelhança que pode chegar à identidade. Alguns trocadilhos relacionam uma paráfrase com seu parafraseado. Os trocadilhos elípticos não deixam de ser um tipo de ambigüidade intencional. O trocadilho pode ser intencional ou acidental, como ocorre na cacofonia.
    Tipos de trocadilho
    Fonológicos:
  • Alterações nas pausas. Resultam da alteração na colocação das pausas. Exemplos: Dever de ver, Lavrador lavra dor,. Por cada versus porcada.
  • Entre homófonos.Exemplo: Sem conserto do piano não há concerto.
  • Entre parônimos. Exemplo: Os integralistas diziam: Deus, Pátria e Família e o Barão de Itararé contra-atacava com o slogan: Adeus, Pátria e Família.
  • Entre polissemias. Exemplo: O que você faz aqui? Nada. Slogan de uma escola de natação.
  • Um trocadilho fonológico pode ser visto como rima.

Sintáticos

  • Permuta de posições. Exemplo: Homem grande versus grande homem.
  • Permuta de funções sintáticas. É a antimetábole. Exemplos: Come para viver ou vive para comer?. Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil.

Semânticos

  • O sentido imediato pelo sentido largo. Inclui o caso da locução pela frase não entendida como locução.
  • O signo pelo significado. Exemplo: Qual o nome do produto? É Sem Nome.
  • Usar o mesmo termo duas ou mais vezes num enunciado, e em cada uso com sentido diferente. É a antanáclase. Ex.: Em vão os sonhos se vão.
  • Contextuais. Ex.: São os qüiproquós.
  • O termo elíptico por outro. Exemplo: Mineira gostosa. Slogan de um restaurante de comida mineira.
  • Atribuir o mesmo determinado da atribuição anterior para a próxima atribuição. Exemplo: Dizer mais com menos. Neste trocadilho mais se refere à mensagem e menos ao discurso. O trocadilho resulta de se atribuir menos à mensagem.

Cacofonia
É o trocadilho fonológico acidental e cômico em que o enunciado elíptico implícito, inesperado pelo emissor resulta no chulo, obsceno, no grotesco, etc.

Funções do trocadilho
O efeito do trocadilho resulta da observação de duas formas semelhantes com sentidos relacionados de alguma forma. Há trocadilhos com intenção crítica, na qual se deseja transferir para um enunciado o suscitado pelo outro, geralmente da paráfrase para o parafraseado. Há ainda o caso do trocadilho em que o efeito resulta da relação que media os dois enunciados. No exemplo do trocadilho do Barão de Itararé: 'Adeus, Pátria e Família' o cômico resulta da relação de oposição extrema entre a paráfrase e o parafraseado.

Objetivo

Estou blogando aqui, para que meus alunos tenham mais um meio de entrar em contato com a língua portuguesa. Aqui vocês vão encontrar jogos, brincadeiras, conteúdo gramatical, poesias, charges e muito mais.
Além de ser mais uma forma de comunicar e aprofundar nossas atividades diárias de sala de aula.
Aqui vocês poderão também conhecer minhas poesias!!!
Bjoks a todos